terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Vislumbre repentino.

Engoliu o remédio pra dor de cabeça com saliva, se acomodou na cadeira e deixou a nostalgia e o medo do novo bater. Era preciso aqueles momentos de quietude para organizar sua mente turbulenta diante das coisas. Se não fizesse recorria rapidamente ao desequilibrio e não só o emocional como todo o resto. Sentia um peso dentro da cabeça e sabia que era dos seus pensamentos ignorados pela semana. Tinha dessas coisas de ignorar e guardar dentro de si para depois quem sabe avaliar, se valia a pena lutava, senão jogava na lixeira do tempo. A palavra mudança era algo repugnante e horroroso ao seu modo de vida. Não gostava de trocar um ambiente cômodo e pessoas conhecidas por algo instavel e desconhecido, mas na vida as coisas acontecem e de repente o que você tem mais medo é o que você precisa. Deixava-se reviver momentos que sentia falta, lembrar de pessoas que a faziam bem e teve que abandonar, deixou-se deixar pelas memórias e parte de sua vida. Depois de um tempo, mal sabia ela o que as mudanças trariam para si, afetariam seu gosto, seu jeito, sua vida inteira. Porque tudo que é bom, raro e puro acaba mudando a gente de forma inexplicavel e pra melhor. E as coisas ruins? Bom com essas a gente aprende a ser mais forte e mais inteligente pra uma próxima vez.